Carta de Despedida (traduzido de original "Goodbye Letter")
- D. H. Lopes
- 13 de abr. de 2016
- 2 min de leitura

“Eu poderia dizer muitas palavras sem sentido mas vou apenas dizer o que estou sentindo agora. Provavelmente não fará sentido, mas eu realmente não me importo.
Eu quero que você saiba que nesse momento meus sentimentos se tornaram uma bagunça. Eu não sei o que está acontecendo comigo mas a única verdade é que eu nunca esquecerei o quão feliz sou com meus amigos ao meu lado. Mas a nossa amizade é mais forte do que eu poderia imaginar e isso é legal. Eu sei que eu sou uma pessoa que a maioria das pessoas somente vê como amigo, mas em somente um caso eu gostaria de ser algo mais.
Você não é idiota ou tola e eu percebi isso quando te conheci. Eu sei que você sabe do que estou falando. Eu não sei porque mas quando nos conhecemos eu vi você como uma pessoa que eu poderia confiar minha vida e por causa disso nossa amizade se tornou algo quase sagrado para mim.
Você é minha melhor amiga e eu tenho que agradece-la por isso e dizer que sinto muito quase ter arruinado nossa amizade um tempo atrás. Na época eu estava como estou agora, confuso. Sem saber o que sentir. Com um monte de merda na cabeça. Mas agora é pior. Me sinto sozinho mesmo quando estou cercado de amigos. Mas há uma exceção.
Quando conversamos sobre nada, eu sinto que não estou tão sozinho quanto imaginava. Eu sinto como se tudo estivesse bem.
Para concluir, eu quero que saiba que eu acho que te amo. E eu sinto pena de mim mesmo pois sei que você nunca sentirá o mesmo por mim. Mas as vezes essas coisas acontecem.
Não vou te fazer perder mais tempo. Considere essa minha carta de despedida.
Assinado, seu querido amigo (eu espero, pelo menos).”
Quando ela terminou de ler a carta uma lágrima caia pela sua bochecha. A única coisa que passou por sua mente foi que o pior poderia ou havia acontecido.
Ela correu como nunca antes. Foi direto para o apartamento dele. “Ele deve estar lá”. Durante o caminho ela rezou por ele. Rezou pela sua vida, esperando que quando chegasse em seu apartamento tudo estivesse bem.
Mas no corredor seus passos diminuíram e ela se moveu devagar. O coração batia tão rápido que parecia que saltaria peito afora. Ela tinha a chave, mas a porta estava destrancada.
A sala de estar parecia bem, assim como a cozinha. Mas quando chegou próximo ao quarto o medo se transformou em fobia.
Ela abriu a porta.
Caiu de joelhos.
Começou a chorar.
No meio do quarto, um corpo estava pendurado. No pescoço, um lençol.
Na porta, uma alma ruía em pedaços. Em sua mão, uma carta de despedida. Em seu coração um buraco que nunca se fechará.
Kommentare