Aquela Garota
- D. H. Lopes
- 18 de abr. de 2016
- 2 min de leitura

Aviso: conteúdo pesado.
Parte 1
Juliana estava parada na porta do quarto olhando fixamente para o vulto em sua frente.Era muito mais alto que ela, claro. Afinal ela tinha apenas doze anos. Aquele vulto tinha cerca de um metro e oitenta. Ou mais. Era obviamente um homem e se havia invadido sua casa, não era um dos bonzinhos.
A garota amedrontada tentou gritar, mas não havia voz alguma para sair. Onde estavam seus pais, ela estava pensando. Aquele homem a pegou pelos cabelos e tapou sua boca. Estava sendo levada em direção ao quarto dos pais por aquele brutamontes. As lágrimas brotaram em seus olhos e não secavam, não paravam. Parte pela dor e parte pelo medo do que poderia acontecer.
Ao chegar ao quarto escuro dos pais, alguém acendeu a luz e a cena a sua frente a surpreendeu e por um instante parou de sentir dor e sentiu somente medo e desespero. Jazia, na cama, o corpo de sua mãe e ao redor, no colchão e nas cobertas, uma poça de sangue. O pai estava no chão, ao lado da cama, ensanguentado e inchado. Havia sido espancado brutalmente.
- Olha só o estrago que a gente causou hein. O que acha garota? - disse o vulto, soltando-a.
- Meus... Meus... MEUS PAIS. SEUS MONSTROS. POR QUE FIZERAM ISSO? SEU IDIOTA. FILHOS DA PUTA!
Outro vulto, este um pouco mais baixo disse no canto do quarto:
- Olha que belezinha. É realmente uma princesa. Mas princesas não deveriam falar assim, garota. Que boca suja. Mas diga, quantos anos tem, garotinha?
Juliana não respondeu. Não conseguia. Não havia forças para isso.
- Olha, seu pai ta vivo ainda. Mas não vai ficar por muito tempo se não responder. - disse o vulto no canto do quarto, enquanto sacava uma arma e apontava para a cabeça do pai da garota.
Juliana criou coragem.
- Doze - disse baixinho em meio as lágrimas que jorravam de seus olhos e encharcavam suas bochechas.
E então ele atirou. E por baixo da mascara ela pôde notar um sorriso. Após esse episódio, o homem que a segurava a empurrou. As pernas, que já estavam bambas, cederam e a garota desabou.
Os homens rasgaram seus pijamas, rindo. A beliscavam, tocavam, machucavam.
A pobre garota sofria. Sentia dor. Foi estuprada pelos homens seguidamente durante a noite, sem piedade, enquanto estes riam e riam. Juliana não tinha forças para nada. Não gritava, não falava e mal esboçava reação, exceto dor. Chorava de dor, como se os ossos estavam sendo quebrados seguidamente. Ao menos no início. Após uma hora (que pareceram uma eternidade), a garota não sentia mais nada. Sentia apenas um desejo intenso de morrer.
[Nota do autor: Parece algo horrível de se ler, mas pense que infelizmente isso acontece todos os dias com milhares de pessoas no mundo todo. Não seja sentimental. Se não puder suportar, não leia mais.].
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