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Aquela garota

  • D. H. Lopes
  • 20 de abr. de 2016
  • 1 min de leitura

Parte 3.

Durante o período de pouco mais de um mês no hospital, dois policiais apareceram para falar sobre o dia dos assassinatos.

- Oi. Como está? Sou Olivia e este aqui é meu parceiro, Leonardo – disse a policial – Nós viemos conversar com você sobre o que aconteceu na sua casa. Mas antes eu gostaria de saber se você se lembra de alguma coisa e se pode nos falar o que se lembra.

Juliana cooperou com os policiais e contou tudo do que se lembrava da maneira que se lembrava com certa dificuldade. No fim, acabou se tornando amiga dos policiais e eles sempre voltavam para visita-la e levar noticias sobre o caso. Quando já estava apta a ser liberada, descobriu que iria morar com os únicos tios que tinha em uma cidade não muito longe dali.

Lá, fora recebida muito bem. Mudou de escola, mas não fez novas amizades. Não conseguia. Embora gostasse da nova escola, da casa dos tios, ela não queria estar lá. Queria voltar pra sua casa, para seus amigos na outra escola e principalmente, voltar para seus pais, ter de volta sua família.

Embora os tios soubessem disso, não tocavam no assunto. Não queriam magoar a garota ainda mais. Nunca tiveram filhos então aceitaram de imediato cuidar da sobrinha. Sabiam que ela sofria, mas evitavam tocar no assunto, pois não queriam que ela se recordasse da noite do “acidente”.

Secretamente, Juliana descrevia em um diário que mantinha escondido o desejo de vingança cada vez mais forte, mais intenso e mais mortífero. O ódio a corrompia, o desejo de sangue a tornava mais fria. Juliana estava se tornando uma garota diferente, vingadora.



 
 
 

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