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Reflexões de Mark




Não sou um cara muito esperto, não como gostaria que fosse. Sei que ser esperto e ate mesmo inteligente leva tempo e energia. Não era normal para eu procurar sentido nas coisas que fazia, só fazia e pronto. Mas hoje na minha atual sobrevivência tudo se torna necessário possuir algum sentido, é preciso sentir a satisfação, e quando há a ausência dela, a minha vontade de encontra-la diminui de acordo que o tempo passa. Por isso acho que não sou tão esperto, as pessoas espertas encontram uma maneira de contornar estas situações quando se tem a sensação de se estar parado enquanto a vida passa perante os olhos.

Sinto que reflito frequentemente, deveria ser boa coisa naturalmente, mas infelizmente não é. Dizem que pensar demais é problemático, pois a pessoa acaba criando problemas que ainda não existem, barreiras no meu caso. Crio uma barreira que me impede de acreditar na possibilidade de que posso criar as próprias possibilidades. Bom, sei que todos algum dia começam a sentir certa necessidade de encontrar sentido na vida, creio que eu tenha chegado neste ponto. Acredito que o sentido é a justificativa do que fazemos e como nos sentimos perante a ela. Quer queira quer não, todos procuram seus objetivos mesmo os que não possuem um determinado, aqueles que vivem o momento sem preocupações com o que vem amanhã, o objetivo deles é estar satisfeito consigo e com sua vida apesar de todos os empecilhos.

Acredito também que a resposta sempre está por aí, por isso é preciso procurar, mas no meu caso acho que a resposta está em mim. Preciso escolher, preciso me entender, saber quem é talvez seja uma das coisas mais difíceis para o ser humano, precisamos de um feedback para o que fazemos, sendo assim, fazemos, sentimos e aprendemos, não necessariamente nessa ordem. Depois concluímos o que gostamos e usamos isto como base para nos descobrir. Mas entra em questão inúmeras variáveis, por exemplo, o quanto a pessoa está motivada para se descobrir, pois para algumas leva tempo, meses ou talvez anos, e nesse meio tempo são muitas idas e vindas, um caminho tortuoso que se não prestar atenção acaba se perdendo, caminhando em círculo num loop constante. Para mim a resposta talvez esteja na personalidade, pois ela engloba tudo, o que a pessoa decide e como ela faz. Talvez meu problema também esteja na mania de tentar achar grandeza em tudo, algo único, diferente.

Todo ser humano está imposto numa sociedade, numa vivência semelhante onde nem todos os dias são necessariamente bons. Você colhe aquilo que semeia ok, mas então, o que acontece quando nada é semeado? Seu jardim não floresce, a grama permanece num tom amarelo queimada pelo sol. Você se cansa, quando dias passam sem que nada mude, e o pior é saber que você mesmo é quem dá o nó na corda que te prende, que te isola. Mas para resumir, sou mais um dos que se perguntam “Qual é o meu propósito?”, talvez não exista um específico ou talvez a vida seja uma constante procura por objetivos, mas o que não quero mesmo é ficar eternamente procurando. Bom é para isso que existe esperança, certo? Mas isto não passa de divagações de um garoto, este sou basicamente eu, Mark.

Olá pra você que leu um trecho sobre mim ou parte de mim. Joguei este papel ao vento para que ficasse a deriva por aí, e se por acaso pregou no vidro do seu carro ou na janela da sua casa, ou na boca do seu cachorro, me desculpe pelo lixo. Só queria que um estranho soubesse como penso.



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