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Surge a descoberta





Eis então mais um aperto no peito, vontade imensa de colocar para fora um desconhecido presente, em um primeiro momento a tentativa de buscar uma causalidade ou a explicação mais lógica possível ou óbvia, ainda não tenho certeza se é o melhor caminho ou opção, o grande “X” da questão seria o que não me leva a desistir ou quais são os motivos para prosseguir, ao longo dos anos de vida a constatação de que existir é extremamente doloroso e agoniante, e com o passar do tempo ao resistir, ao suportar, ao simplesmente não ser consumido por toda dor, dificuldade e adversidade, surge então a “pseudo razão” de que se é capaz de ir muito além, caminhar e continuar e continuar.

Ao falar, ao pensar denota verdadeiramente simples ou uma questão de “escolha”, onde há escolha? Existe de fato escolha? Segundo Satre: “Ao não escolher ainda sim estamos escolhendo”, como é possível haver escolha, quem escolhe nascer? Quem escolher ter a família que tem? Fato ou escolha? Ao escolher elucidar pensamentos referente a tais questões, colocar exposto o interno e ao registrar tais fragmentos, chego a uma “montanha russa”, hora fatalidade, hora escolha, hora meio termo, hora imposição, viver é desafiador, é intenso, instigante, alucinante, uma aventura. Escolhendo ou não, vivendo e reconhecendo tudo isso, meio que justifica um pouco que ainda que viver fosse momentos ruins, dificuldades, tristezas, dor, ainda sim! Teríamos mil e um motivos para continuar e não desistir, pois ao nascer sem escolher, ao ser apresentado aos fatos, um conjunto de fatores começam a emergir e as evidencias tomam forma, tudo que era micro vai ficando macro, a constituição efetiva de um ser humano, como um despertar de um sono profundo, “acordado”.

Aceitar a forma, a condição, é como se acomodar na montanha russa, frio na barriga, insegurança, medos, anseios, querer não querer, adrenalina em estado máster, que comece a marcante aventura. Sem sombra de dúvida o meio do caminho, o desenrolar dessa aceitação, tem uma implicação considerável na conduta de se empoderar de coragem, ousadia, curiosidade e a certeza de que desistir não é uma opção. Qual seu motivo? Qual sua razão ou possível explicação? Sendo que cada indivíduo tem uma digital, cada qual com suas marcas, cada “montanha russa” com suas especificidades cor, tamanho, velocidade, etc, cada meio termo e/ou meio do caminho com seus obstáculos peculiares e específicos. Sim, extremamente difícil saber de fato o que leva alguém desistir.

Me pergunto, e quem não consegue enxergar tudo isso? Ao mesmo tempo me pergunto mais, os cegos nascem mortos? Ao nascer tudo começa, definitivamente, você nasceu? Quer desistir tente encontrar motivos, não há! Ah só pra constar, me sinto um pouco melhor agora, não tem aperto ou dor no peito, experimente!


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