Relação, existe distância?

O que conceitua, caracteriza, estima, fecha, define, limita, cega, intriga, todas essas e mais um pouco, fico impressionado com a capacidade das pessoas de serem flexíveis a tal ponto. Permitem-se acreditar, desprendem energias e intenções em conceitos, crenças, objetos, teorias, e por aí vai, cegamente chegam em um labirinto definitivamente sem saída ou perspectiva de uma presta de possibilidades de atingir algo diferente do estado atual que chegará.

Obviamente que antes de chegar nesse ponto, não é possível desconsiderar meio, cultura, experiências, dentre outros. Entre uma crença e/ou um objeto e um indivíduo existe uma relação e/ou um distância, um meio do caminho, até a pessoa definitivamente abraçar cegamente como sua razão absoluta, verdade incontestável, foi incutido nela através da capacidade de mobilidade e/ou influenciação a apropriação do que fora citado que não podemos desconsiderar, o ser humano possui uma potencialidade impressionante de influenciar e ser influenciado. Explicitamente a cultura expõe a diversidade de crenças e formas de conduzir a vida dos seres humanos, parece até que o indivíduo não tem controle de sua própria vida, não seria isso?

A amplitude de possibilidade, as abrangências de flexibilização de pensamentos são inúmeras quando passamos por essa linha de raciocínio, o ser tão complexo que não tem controle de si, caminho, controle, autenticidade, influencia, dentre outras, o que de fato predomina? O que de fato acontece? Qual a distância? Existe Limite?

O que é inato e o que é empírico? O que é inato e empírico podem ser mudados? Nossas relações com pessoas, com coisas, com crenças e conceitos são estabelecidas ao longo da vida como um “quebra cabeça” onde as peças vão se encaixando e sendo completado. Interesses, estímulos, imposições, crenças, valores, influencias, pessoas, a sociedade. Possuo e construo, hoje vemos que a cultura desafia o ser humano e o ser humano desafia a cultura com a capacidade criativa de ajustamentos e ressignificações.